A curva de casos e mortes pelo novo coronavírus no Brasil avança em mais um mês sem perspectiva de frear. Nesta segunda-feira (1/6), mais 623 mortes pelo vírus foram confirmadas e novos 12.247 casos computados. No total, 29.937 brasileiros vitimados e 526.447 infectados nesta pandemia. O Brasil continua sendo o segundo país com mais casos no mundo e o quarto no ranking de óbitos absolutos.
Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, somente a Itália, com 33.475 mortes, Reino Unido (39.127) e Estados Unidos (104.799) têm mais registro de óbitos do que o Brasil.
Só em São Paulo, onde a covid já atingiu 526 municípios, 7.667 pessoas já morreram pela doença. As taxas de ocupação dos leitos de UTI na Grande São Paulo diminuíram em relação à semana passada, quando atingiu mais de 90%. Atualmente está em 83,2%. Já no estado, o índice é de 69,3% de ocupação. O número de pacientes internados é de 12.920, sendo 7.777 em enfermaria e 4.681 em unidades de terapia intensiva.
Além de São Paulo, outros cinco estados já possuem mais de mil mortes. São eles: Rio de Janeiro (5.462), Ceará (3.188), Pará (2.925), Pernambuco (2.875) e Amazonas (2.071) também já registraram mais de mil mortes cada. Juntos com SP, esses estados somam 24.188 óbitos, ou seja, 80,7% de todas as mortes já confirmadas. Todos os 26 estados do Brasil, mais o Distrito Federal, já registraram casos e mortes.
O Ministério da Saúde divulgou ainda o número de pacientes recuperados da covid-19. Dos 526.447 pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, 211.080 estão recuperados. Isso representa 40,1% das pessoas que tiveram a doença. Já os brasileiros que não resistiram a doença representa 5,7% desse montante. Outras 285.430 pessoas continuam em acompanhamento. Além disso, 4.412 óbitos estão em investigação.
Aumento progressivo
Nesta terça, em entrevista coletiva, o diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que se nota um aumento progressivo de casos em países da América do Sul e que a situação de vários países da região está longe de ser estável.
"Eu certamente afirmaria que a América Central e América do Sul estão se tornando as zonas intensas de transmissão do vírus agora. Eu não acredito que atingimos o pico da transmissão e, neste momento, não consigo prever quando vai ser. Mas o que precisamos fazer é mostrar solidariedade aos países da América Central e América do Sul”, ressaltou.
Saiba Mais
Sem citar nomes, Ryan ainda disse que a resposta de combate a covid-19 é diferente em cada país. "Nós vemos muito bons exemplos de países que têm uma abordagem do governo inteiro, da sociedade inteira, baseada na ciência, e vemos em outras situações uma falta e uma fraqueza nisso", disse.