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São Paulo não abre dia 1º, diz Covas

 
Um dia depois do anúncio pelo governo João Doria da retomada gradual das atividades econômicas no estado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, evitou dar um prazo para reabertura do comércio na capital paulista. Segundo ele, a partir de segunda, será iniciada a discussão com o setor privado sobre os protocolos e, só depois de análises das áreas de Desenvolvimento Econômico e Saúde, haverá a liberação ou não. São Paulo, portanto, não “reabre” no dia 1º de junho. 

De acordo com o prefeito, os setores que podem começar o planejamento são: atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shopping center. “São dois pré-requisitos que precisam ser observados para que a gente possa flexibilizar e reabrir”, disse.

Na sequência, Covas ressaltou que as empresas devem fazer a apresentação de protocolos de saúde, higiene e testagem, regras de autorregulação para a fiscalização dos protocolos e políticas de comunicação para proteção de consumidores e funcionários, além da manifestação da vigilância sanitária. 

“Não acabou, ainda, a preocupação com o coronavírus, é preciso que a população continue a utilizar máscara, continue o distanciamento social, continue a colaborar com o município, para que a gente mantenha estável o índice de transmissão, o número de casos, a ocupação da UTI e a quantidade de óbitos”. 

O prefeito também alertou que, caso os números piorem, a cidade pode regredir para a fase 1, mais restritiva. “A preocupação, agora, é para que a gente não perca tudo aquilo que foi conquistado ao longo dos últimos meses e das últimas semanas”, completou. 

Covas aproveitou para agradecer à população. “Essa classificação se deve, em primeiro lugar, à participação, ao envolvimento, de toda a sociedade paulistana, que colaborou com o poder público, permanecendo dentro de casa, utilizando máscara, ajudando a melhorar os índices de transmissão na cidade de São Paulo.”

Confusão no Rio
Ainda no Sudeste, a realidade carioca mostra-se complicada. Enquanto o estado bate o número de mortes da China, na capital, o Painel Rio Covid passou a apresentar dois dados relacionados às mortes por coronavírus: o número divulgado pelo Ministério da Saúde — 3.293 mortes e outras 1.036, em investigação; e o de sepultamentos realizados: 1.911 óbitos confirmados e outros 2.330, suspeitos. 

A plataforma havia decidido, na quarta, divulgar apenas as mortes de quem já foi sepultado, mas voltou atrás no mesmo dia. A mudança na contagem gerou divergência em relação aos números do governo fluminense, suspeitas de subnotificação e críticas.

Segundo a gestão de Marcelo Crivella, no entanto, as alterações tornam a situação mais transparente. “A intenção da modificação do painel foi para agregar um dado qualificado, e não para apagar dado”, explicou a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch. Em nota, a prefeitura informa que “trata-se de uma informação complementar, com outra metodologia, para ajudar a entender a dinâmica dos óbitos pela doença de forma mais imediata”, respondeu a Ascom. (RR)