A medida foi adotada, após a pasta ser questionada sobre a conformidade da publicação com o corpo técnico. “Houve participação de vários técnicos do ministério. É um trabalho que vem sendo feito há um bom tempo, que está sendo pactuado com Conass e Conasems. Tem uma larga fonte de referência e um trabalho que foi acordado de maneira consensual com todas as secretarias”, adiantou, em coletiva de quarta (20), o secretário-executivo interino, Élcio Franco.
A nota da pasta divulgada nesta quinta, diz que “para deixar clara a participação e o envolvimento de todas as secretarias, os titulares das pastas assinaram o documento ainda na quarta-feira”
Assinaram o documento Mayra Isabel Correia Pinheiro, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; Cleusa Rodrigues da Silveira Bernardo, secretária substituta de Atenção Especializada à Saúde; Robson Santos da Silva, secretário Especial de Saúde Indígena, Daniela de Carvalho Ribeiro; secretária substituta de Atenção Primária à Saúde; Vania Cristina Canuto Santos, secretária substituta de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde; Antônio Elcio Franco Filho, secretário-executivo substituto; e Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde.
A nova orientação do uso do medicamento, que era prometida há algum tempo pelo presidente Jair Bolsonaro, indica aos médicos a utilização da cloroquina para pacientes com sintomas leves da covid-19. A proposta vai em direção oposta à maioria dos países no mundo, onde a droga só é usada para pacientes graves.
Vale ressaltar que o documento recebeu aval inclusive do secretário Wanderson de Oliveira, peça influente na gestão de Mandetta e que se manteve no cargo de confiança.
Ao ser questionado sobre a decisão em normatizar o uso da cloroquina de forma precoce, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, disse que as substâncias só devem ser usadas contra a doença em ensaios clínicos. “Até esse estágio, nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina têm sido efetivas no tratamento da covid-19 ou nas profilaxias contra a infecção pela doença. Na verdade, é o oposto”. No entanto, ele ponderou: “cabe a cada autoridade nacional avaliar as evidências a favor e contra essa droga.”