O Brasil teve 18.382 roubos de cargas em 2019. O dado é da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que divulgou, nesta quarta-feira (20/5), a estatística nacional de ocorrências. e roubos de carga. O relatório,que tem como base informações colhidas em fontes formais e informais, revelou que houve queda de 17% em relação ao ano anterior, quando os delitos somaram 22.183 casos.
Os prejuízos para o setor, no entanto, continuam altos. No ano passado, as perdas foram de R$ 1,40 bilhão. Segundo o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “a pesquisa aponta considerável redução”. “Mas estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e precisamos continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais”, disse.
Pelucio comentou que a redução tem muito a ver com o investimento alto das empresas, em tecnologias e medidas de segurança em suas operações, além do trabalho dos órgãos de segurança pública nas esferas estaduais e federais, que têm atuado com mais rigor no combate aos delitos de carga. “Os números ainda são inaceitáveis. Os roubos ocorrem porque os receptadores, que compram as cargas roubadas e incentivam o crime, estão impunes, por conta de uma legislação arcaica”, ressaltou.
“É preciso agravar as penalidades para o delito, tanto a pena para a pessoa do receptador, quanto para o seu estabelecimento, que deverá ter a licença de funcionamento cassada”, comentou o vice-presidente para assuntos de Segurança da NTC&Logística, Roberto Mira. Segundo o levantamento, a região Sudeste continua sendo a mais afetada, com 84,26% das ocorrências. Em seguida, aparece a região Sul, com 6,52%; Nordeste, com 6,29%; Centro-oeste, 1,69%; e por último a região Norte, com 1,24%.
Menos carga
Saiba Mais
Iniciada na semana de 11 de março, o levantamento apontou a maior retração, de 45,2%, na semana de 13 a 19 de abril, quando as medidas de isolamento eram mais rígidas. De lá para cá, caíram para 44%, depois para 41,4%, na semana de 27 de abril a 3 de maio, e 40,5% entre 4 e 10 de maio. Agora, a demanda voltou a cair com mais força e retomou o patamar de 41,23%.