Brasil

Equipamento que ajudaria em testes rápidos não ficou pronto

A máquina de inteligência artificial, segundo o ministro Marcos Pontes, teria capacidade de fazer diagnóstico da covid-19 em 3 minutos

Embora tenha prometido que, em meados de maio, o Brasil teria um equipamento capaz de testar a contaminação por covid-19 em 3 minutos com a ajuda de um supercomputador e inteligência artificial, o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, admitiu, nesta terça-feira (19/5), que a máquina ainda não está pronta. “Precisa de calibragem para testar negativo”, afirmou, ao divulgar as ações da pasta no combate ao novo coronavírus.

“Os resultados são bons na detecção do positivo. Pega 100% com precisão muito grande. Em termos de carga viral, o teste aponta desde baixa até alta carga viral. Mas, na questão do negativo, acabam aparecendo outros vírus junto, como o da influenza, por isso ainda está sendo ajustado. Quando a calibragem terminar, vai servir para vários outros tipos de viroses”, afirmou o ministro.

Segundo ele, o processo do supercomputador desenvolvido no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), é feito com a coleta de uma pastilha instalada na máquina. “Prepara o equipamento, faz uma zeragem de referência e depois a leitura da amostra, passando um feixe de luz. Com isso, tem um espalhamento do espectro em um gráfico. Isso tudo é passado para inteligência artificial, que manda a resposta em segundos. O tempo total é de 3 minutos”, explicou. O MCTIC forneceu 1,6 mil testes para o laboratório, acrescentou.

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Pontes comentou que vê o equipamento sendo usado na rua, em drive thru ou em grandes fábricas no futuro. “Agora, eles vão simplificar a amostra, vão usar saliva”, destacou. Indagado sobre quando o equipamento realmente poderá ajudar nos testes, o ministro preferiu não arriscar. “Estão testando. Isso do tempo é difícil. Eu eu acreditava que estaria pronto agora, mas estão chegando lá. Eu não arrisco mais prever um tempo. Muito em breve teremos capacidade de testes em massa e isso se soma aos testes clínicos”, ressaltou, recomendando quem estiver contaminado a participar dos testes com o vermífugo nitazoxanida.