Brasil

Filho de ministro revela batalha judicial por reconhecimento de paternidade

Tiago Silva Mussi expôs a longa batalha judicial para ser reconhecido como filho pelo pai, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Jorge Mussi

O diretor do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em Santa Catarina, Tiago Silva Mussi, 37 anos, foi às redes sociais fazer um desabafo sobre a relação com o pai, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Jorge Mussi. Ele ganhou o direito de ter o sobrenome do magistrado em 2016, após um longo embate na Justiça em busca do reconhecimento da paternidade. "Ele se envergonha de ter um filho com a empregada doméstica", escreveu.

No texto, publicado no domingo, 10 de maio, Dia das Mães, Tiago revelou que Mussi usou sua influência para dificultar o processo de reconhecimento de paternidade, e que só decidiu contar sobre o caso após a morte da mãe, em março deste ano. "Uma mulher guerreira que com ajuda da minha avó decidiu não brigar com o homem que era o pai do seu filho para ajudar a me criar. Desde muito jovem ela também precisou enfrentar inúmeras dificuldades. Entre elas a de criar um filho sozinha", escreveu.

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Mussi foi eleito como vice-presidente do STJ em 5 de maio. E, apesar de ser reconhecido na Justiça como filho do magistrado, Tiago não foi convidado para a cerimônia de posse. "Não recebi o convite. É com essa frase que tenho respondido as pessoas que me parabenizam pela nomeação do meu pai à vice-presidência do Superior Tribunal de Justiça. Não recebi o convite para a posse. Fiquei sabendo da sua nomeação como todos os outros, pela imprensa", disse. A posse do ministro ainda não tem data para ser realizada.

Embora tenha direito a usar o sobrenome Mussi, Tiago disse que prefere o Silva, da sua mãe. "Me sinto mais confortável sendo um Silva. Somos um país construído por Silvas. Muitos, inclusive, sem pai", finalizou. O post de Tiago no Facebook tem mais de três mil curtidas e 500 compartilhamentos.

O Correio entrou em contato com o gabinete do ministro e com a assessoria de imprensa do STJ, mas não havia resposta até a última atualização desta notícia.

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