Há sete dias, eram 29 pacientes de fora de Minas Gerais em tratamento no estado. Nesta terça-feira (12), o número saltou para 68. Fonte dos dados, o boletins epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) não informam onde cada infectado mora.
Foram necessários quase dois meses para que a de pacientes “importados” chegasse a 29, mas menos de uma semana até que essa marca dobrasse.
A “migração” de pacientes se deve, em especial, ao cenário tecnicamente do combate à pandemia em Minas Gerais. A adoção de medidas de isolamento nas maiores cidades do estado ocorreu quando poucos casos da doença haviam sido detectados, o que ajudou a achatar a curva de infecções e evitar a sobrecarga no sistema de saúde.
Municípios como Belo Horizonte, Nova Lima, Juiz de Fora e Montes Claros já registraram casos provenientes de outros estados. Em entrevista nessa segunda-feira, o prefeito da capital, Alexandre Kalil (PSD), disse que a cidade “está virando um grande importador de doentes”.
Na ocasião, o chefe do Executivo municipal citou que havia nove pacientes de outros estados em hospitais da cidade. “Temos cinco do Pará, um do Rio de Janeiro, um do Espírito Santo e dois de São Paulo”, disse. Todos estão em tratamento em centros de saúde privados.
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“Como a pessoa sabe que as unidades do Rio estão lotadas e que teria que ficar migrando entre as unidades de saúde de lá, é mais rápido ela entrar num carro e ir para Juiz de Fora para ser atendida”, completou.