Considerado leal ao bolsonarismo, movimento que o elegeu governador sem nenhuma experiência anterior na vida pública, Denarium tem adotado medidas distintas das defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia ao recomendar o isolamento social. O sistema de saúde estadual, de acordo com o governo, está já com 50% dos leitos ocupados, mesmo sem um surto considerado dos mais graves.
Mas, em função da expectativa de alta nos próximos meses, a secretaria de saúde tentou comprar 30 respiradores mês passado, sem sucesso. O contrato, feito mediante pagamento antecipado de R$ 6 milhões, conforme autorizou Bolsonaro por meio de uma Medida Provisória, está sob investigação após os 30 aparelhos não terem sido entregues no prazo combinado.
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"Não considero que tenha ocorrido qualquer ato de má-fé, mas ele não seguiu o rito processual necessário, como informar a Controladoria e a mim", afirma o governador, que alega dificuldades para comprar respiradores em tempos de pandemia. "O Ministério da Saúde não consegue comprar, imagine Roraima, que é um Estado totalmente isolado do resto do País, onde só se chega por barco ou avião. A lei da oferta e da procura é implacável em situações como essa", diz.
Denarium, no entanto, afirma que o então secretário buscou uma indústria conhecida - na China - e fechou o negócio sem atravessadores. "Há muita pressão sobre os governantes hoje, tanto pela legalidade como pela agilidade. Não está fácil a vida do gestor público hoje."