Após ver de perto a situação crítica que vive o Amazonas frente à crise na saúde provocada pela covid-19, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que vai incorporar à agenda a rotina de visitas aos locais mais afetados. "No início vamos focar naquelas que estão com mais problemas. Vamos trabalhar, também, as cidades que potencialmente podem evoluir para uma situação mais delicada."
O objetivo é conseguir se aproximar das demandas e entender de que forma podem ser sanadas de forma mais rápida e efetiva possível. Teich também frisou que já existe uma diretriz desenhada para instruir estados e municípios sobre condutas a serem adotadas em cada momento e cenário da pandemia.
"Você vai ter vários níveis, desde medidas simples, como a lavagem das mãos e cuidados, até o lockdown. O importante é que cada lugar tem a sua necessidade". De acordo com o ministro, a diretriz está pronta e falta definir a hora e a maneira como será apresentada. "De qualquer forma qualquer cidade ou região que queira discutir com a gente, estamos abertos para conversar", disse.
A polarização e discussão política sobre o isolamento é uma conduta que deve ser deixada de lado nesse momento em que é necessário ter agilidade e efetividade nas medidas, ponderou o ministro. "Vai ter lugar em que lockdown vai ser necessário e vai ter lugar em que eu vai-se começar a pensar em flexibilização. O que precisa é que a gente pare de tratar isso de uma forma radical até para que tenhamos tranquilidade de implementar medidas em cada lugar do país, onde a melhor coisa vai ser feita naquela situação", esclareceu Teich.
Para elaborar condutas, o Ministério da Saúde usa, atualmente, a experiências adquirida em outros países. A estratégia consiste em entender como foi feito, quais as consequências e como é acompanhada a epidemia fora do Brasil para poder adaptar as interpretações e ações ao cenário nacional.