Brasil

Pesquisa do IBGE aponta crescimento na desigualdade social em 2019

Segundo os dados levantados, rendimento médio mensal dos mais ricos corresponde a mais de 33 vezes o recebido pela parcela mais pobre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (6/5) dados levantados pelo módulo Rendimento de Todas as Fontes, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segundo as informações, em 2019, o rendimento médio mensal real do trabalho da parcela da população com rendimentos mais elevados, 1%, era de R$ 28.659. Em contraponto, 50% da população com menor rendimento ganham R$ 850, mais de 33 vezes menos que o valor recebido pelo 1% citado.  

Ainda de acordo com os dados, uma parcela de 10% da população com rendimentos menores detinha um total de 0,8% da massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita. Isso equivale a cerca de R$ 2,35 bilhões em 2019. Do total, 294,4 bilhões, os 10% que concentram maiores rendimentos correspondiam a 42,9% do montante, cerca de R$ 107 bilhões.

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Em relação ao rendimento de todos os trabalhos, o Índice de Gini — criado por Conrado Gini, um matemático italiano, o índice mede o grau de concentração de renda em determinado grupo — para o rendimento de todos os trabalhos ficou estável: 0,509 em 2018 e 2019. Ao analisar o Índice de Gini do rendimento domiciliar per capta, nota-se uma pequena queda. Em 2018 o valor era 0,545; já em 2019, o valor sofre uma ligeira redução, passando para 0,543.

Ao todo, em 2019, 131,2 milhões de pessoas residiam no Brasil. Deste total, 62,6% tinham algum tipo de rendimento. Pessoas que recebem pensão ou aposentaria representam 14,7%, número que mostra estabilidade em relação ao ano anterior, quando o percentual era de 14,6%. Já em 2012, o percentual era 13,1%, 1,6 ponto percentual abaixo do registrado 7 anos depois.