O Brasil avança nos estudos para verificar a eficácia de tratamentos por meio de doação de anticorpos. A metodologia que usa plasma sanguíneo de pacientes curados naqueles que estão com os sintomas mais graves da doença vem sendo aplicada por hospitais de referência e monitorada pelo Ministério da Saúde. A intenção é ampliar a prática com potencial de desenvolver evidências científicas já que, até o momento, não há tratamentos comprovadamente eficientes no combate ao novo coronavírus.
O Hospital Albert Einstein começou o estudo há 20 dias, com 17 pacientes. Nessa terapia, a intenção é que os anticorpos presentes no plasma forneçam imunidade às pessoas, como foi comprovado em outras doenças, como H1N1 e outros tipos de coronavírus. Apesar de já haver resultados positivos neste grupo, não é possível afirmar que a melhora se deu pela infusão do plasma, já que outros medicamentos foram aplicados durante o tratamento.
“O objetivo do estudo é saber se há efeitos desfavoráveis com essa prática, se o uso do plasma é seguro em um convalescente de risco grave da Covid”, explicou o médico hematologista do Albert Einstein e coordenador da pesquisa, José Mauro Kutner. A avaliação dos resultados será feita por análise estatística e pode demorar cerca de três meses.