A pandemia do novo coronavírus acumula mais de 100 mil mortes em todo o mundo, mas os pacientes recuperados também fazem parte dessa história. O lutador de MMA Erick Silva protagoniza um desses casos. Ele e a família estão totalmente curados da Covid-19.
“Voltei de uma viagem aos Estados Unidos. Depois de quase um mês, minha mulher, Isabela Cabral, começou a apresentar os primeiros sintomas. Provavelmente, pegamos de alguém daqui mesmo (Rio de Janeiro). Todos da família começamos a apresentar sintomas logo em seguida, como dores de cabeça e perda súbita de olfato e paladar”, conta.
O lutador seguiu as orientações de se isolar ao máximo, como medida de proteção a outras pessoas. “Tentamos nos distrair com brincadeiras, vendo TV e assistindo a coisas produtivas. Segundo orientações de amigos médicos, o ideal é fortalecer o sistema imunológico, beber bastante água, expor-se ao sol para ativar a vitamina D, além de usar máscara, pois é muito importante evitar o contágio”, completa.
O flautista e saxofonista Alceu Lacerda, 23 anos, também superou o novo coronavírus. Ele esteve a trabalho em São Paulo com o grupo musical que integra. Ao retornar para Brasília e notar os sintomas — febre, diarreia, coriza e fraqueza —, procurou o médico para realizar o teste de Covid-19. Durante a recuperação, ficou isolado em um andar da casa onde reside com os pais. “Teoricamente, meu pai faz parte do grupo de risco, ele é hipertenso”, conta.
O músico passou apenas dois dias impossibilitado de realizar qualquer atividade. Depois, teve forças para dar aulas on-line. “Por incrível que pareça, consegui tocar meus instrumentos tranquilamente. Agora, é precaver para não pegar novamente”, comenta.
Para o engenheiro civil Lourival Junio Dias, 29 anos, a doença trouxe sentimentos de medo e culpa. Ainda no mês de março, após viagem de São Paulo para Goiânia — onde mora o irmão, a cunhada e a sobrinha —, foi diagnosticado com a Covid-19. A criança de dois anos de idade foi a primeira a sentir os sintomas. “Só contei para os meus pais quando eu estava curado”, relata o engenheiro, recuperado há três semanas. Ele tinha medo de dormir e não acordar, além de se sentir responsável pelo caso da sobrinha, que acabou sendo internada por algum tempo. Agora, porém, a sensação é de alívio.
*Estagiárias sob a supervisão de Fernando Brito