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Governo de MG criará protocolo de flexibilização de isolamento social

De acordo com o governador, reativação da economia no estado dependerá de cada município: 'Será gradual, segura e criteriosa'

Nos próximos dias, os prefeitos dos 853 municípios de Minas Gerais devem receber um protocolo de flexibilização de isolamento social enviado pelo governo do estado. É o que garantiu o governador Romeu Zema (Novo), que prevê uma reativação ‘gradual, segura e criteriosa’ da economia em Minas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Zema afirmou que a flexibilização do isolamento social dependerá dos prefeitos dos municípios, e que o estado dará apenas um norte para que isso aconteça de uma forma segura, garantindo que não será uma liberdade total de abertura dos setores. O governador repetiu o que havia dito no logo no começo da pandemia, de que “não era favorável a dar o mesmo remédio, na mesma dose, para doentes diferentes”, se referindo aos diversos panoramas do coronavírus no estado.

“O que estarei fazendo em Minas é um protocolo que vai orientar cada prefeito que quiser liberar algumas atividades em suas cidades, inclusive, citando, aquelas que são prioritárias e as menos prioritárias, mencionando áreas do estado onde há mais ou menos disponibilidade de leitos de UTI, informando, diariamente, a quantidade de novos casos e como está a curva da sua cidade ou região. Desta maneira, queremos estar conduzindo a reativação gradual, responsável e segura das atividades econômicas”, disse Zema, em entrevista ao canal CNN Brasil.

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O governador garantiu que respeitará a vontade dos prefeitos que não quiserem flexibilizar o isolamento social, como o chefe do Executivo municipal de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que prega rigidez durante a quarentena. No entanto, Zema afirmou que diversas cidades ainda não registraram casos da COVID-19.

“A Região Metropolitana, de fato, é a mais afetada pelo vírus, mas Minas não é Belo Horizonte. Belo Horizonte é 20% da população do estado. E os outros 80%?”, declarou.

Zema também disse que apenas 3% dos leitos de UTI no estado estão ocupados por pacientes com coronavírus e que Minas teria instalações suficientes para comportar “17 vezes mais casos”. Entre os exemplos de regiões com baixo número de casos, o governador citou o Norte e Noroeste do estado.

“Serão regras específicas. Vale lembrar que não é liberdade total. Nós teremos aqui um protocolo que vai fazer com que a reativação da economia seja gradual, segura, criteriosa, colocando a preservação da vida acima de tudo. Minas tem apenas 3% dos leitos de UTI ocupados por pessoas portadoras do coronavírus. Temos disponibilidade de 51%. Se tivéssemos 17 vezes mais casos do que nós temos, teríamos leitos suficientes. A curva de novos casos está estável. O estado está conduzindo muito bem essa situação. Será que não podemos testar uma coisa com muito zelo pela vida?”, concluiu.

Ao todo, Minas registra 47 mortes pelo coronavírus, com 1.283 casos confirmados e 77.744 sem diagnóstico. Ainda há 78 óbitos em investigação no Estado.