O médico psiquiatra Leonardo Moreira, mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em prevenção e assistência a usuários de álcool e outras drogas e doutorando em bioética pela Universidade do Porto, em Portugal, explica que a ansiedade é uma reação normal no atual período. O problema é como a pessoa vai buscar alívio para a situação.
“Na saúde mental, o isolamento já traz um agravamento grande da ansiedade. Muitas vezes o alívio pode não vir por meio da atividade física. Nesse caso, muitas pessoas recorrem à comida, ao álcool, ao tabaco ou mesmo em outro tipo de droga, que acaba trazendo mais prejuízo para a saúde mental”, explica.
Segundo Leonardo, um dos mais evidentes sinais de alerta são as mudanças bruscas de comportamento que as pessoas apresentam. “Assim como se estivesse fora da pandemia, o sinal de alerta é uma mudança abrupta para algo muito diferente do que a pessoa é. Nesse momento, é normal a pessoa sair do seu natural e ficar mais ansiosa”, adverte.
O médico alerta que dois fatores biológicos acabam sendo facilmente alterados no período o sono e a alimentação. “Dormir em horários diferentes alterações no apetite são sinais de alerta”, aponta, salientando que o isolamento ainda dificulta o atendimento médico. (RR, IM e JS)