Brasil

Covid-19: quase 63% dos brasileiros não seguem todas as recomendações do MS

O dado faz parte da primeira pesquisa do ministério para identificar os padrões de comportamentos da população no combate à pandemia

No combate ao novo coronavírus, apenas 36,9% da população brasileira diz seguir todas as recomendações do Ministério da Saúde. A pesquisa, realizada pela pasta, busca identificar e descrever os padrões de comportamentos de risco e proteção para a pandemia. Foi considerado um indivíduo com prevenção ideal aquele que estava em fez o isolamento social, manteve distanciamento de pessoas com sintoma, realizou a higiene das mãos e objetos pessoais e adotou a etiqueta respiratória.


A pesquisa considerou como indivíduo em isolamento social aquele que afirmou ter ficado em casa, saindo somente em casos de necessidade e ter evitado aglomerações ou contato próximo com outras pessoas, como cumprimentos ou abraços. Considerando somente essa recomendação, 90,9% dos entrevistados afirmaram segui-la, sendo maior na região Sul/Sudeste/Centro-Oeste, com adesão de 92,7%, do que em relação à região Norte/Nordeste, 87,5%. 

Já o percentual que afirmou higienizar as mãos e o objetos de uso frequente ficou em 82,7%. Nessa categoria foi considerada a limpeza com água e sabão, álcool em gel ou desinfetante à base de álcool, o último para os objetos. O maior percentual foi observado entre as mulheres, 87,3% quando comparadas aos homens, 77,7%. As práticas complementares de higiene, como trocar roupas e sapatos ao chegar em casa e não compartilhar objetos de uso pessoal, teve adesão de 66,3% das pessoas. 

Informação

Com o objetivo de saber como a população está obtendo informações para saber agir no combate ao Covid-19, a pesquisa também fez uma avaliação dos meios de comunicação. Os entrevistados foram questionados sobre os seguintes meios: jornais ou revistas (impressos), televisão, rádio, internet ou redes sociais e canais oficiais do Ministério da Saúde (Disk Saúde, portal da saúde ou redes sociais do MS). 

O maior percentual foi o da televisão, com 94,2%. Apesar de ser uma fonte confiável de informação, aos canais oficiais do Ministério da Saúde foram os menos utilizados, com 44,3%. 
 
 

Para o levantamento, foram ouvidas aproximadamente duas mil pessoas maiores de 18 anos, sendo 400 em cada macrorregião geográfica. A pesquisa foi realizada entre 1º e 10 de abril. Uma segunda rodada será feita entre 25 de abril a 4 de maio, quando será possível avaliar a evolução dos indicadores e observar eventuais mudanças no comportamento da população no enfrentamento ao coronavírus. 
Reprodução - ilustração de dados
Reprodução - ilustração de dados