Brasil

Covid-19:pacientes representam 86% de internações por síndrome respiratória

Na média do ano, 60% dos resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório foram identificados como Covid-19. Os dados são do novo relatório do InfoGripe

O número de leitos ocupados por doentes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continua aumentando no Brasil com índices muito acima do histórico registrado para esta época do ano. De acordo com o sistema InfoGripe, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram registradas 26.062 internações até 4 de abril. Dos novos resultados confirmados para vírus, 86% são referentes ao Covid-19. 

No acumulado do ano, dos 4.828 casos (19% do total) que tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 60% foram identificados como o novo coronavírus, enquanto Influenza A e B representa 7% e 6%, respectivamente. Os índices de confirmações de internação pelo Covid-19 vem crescendo exponencialmente. Eram 3% na semana 8 do boletim (de 16 a 22 de fevereiro) e na última semana somaram 86% dos casos positivos, o que indica grande prevalência do novo coronavírus entre os novos casos. Ainda há 3.846 casos (15%) com resultado negativos para esses vírus e, ao menos, 15.107 (58%) aguardando resultado.

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No novo relatório, referente à semana 14, a observação é que a atividade semanal em todo país permanece muito elevada e todas as regiões são consideradas de alto risco. No entanto, tendência de alta é menos acentuada do que as observada nas semanas 11 e 12. “A aparente desaceleração ainda é muito leve e é preciso que as medidas (de isolamento) sejam mantidas para que nosso sistema de saúde não seja sobrecarregado”,  explica o pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), Marcelo Gomes.

Os casos de SRAG são de notificação obrigatória, incluindo dados sobre a hospitalizações de pacientes que apresentaram sintomas como febre, tosse ou dor de garganta e dificuldade de respirar e óbitos de pessoas que apresentaram esses sintomas. Atraso nas notificações dos casos, que precisam ser registrados no banco de dados pelas unidades de saúde, pode interferir nos resultados, que são calculados por estimativas que depois confirmadas pelos os dados consolidados.