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Em Roraima, adolescente é primeiro índio yanomami com novo coronavírus a morrer

O adolescente indígena Alvanei Xirixana, de 15 anos, morreu na noite da quinta-feira, 9, após ter sido diagnosticado com o novo coronavírus. Este é o primeiro caso de morte na etnia Yanomami por causa da covid-19. O jovem deu entrada no Hospital Geral de Roraima com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e seu primeiro teste para a covid-19 deu negativo. O segundo, no entanto, confirmou que ele tinha o vírus. A assessoria de comunicação do governo de Roraima confirmou o óbito do adolescente, que estava na UTI desde o início da semana. O estudante morava na aldeia Rehebe, às margens do rio Urariquera, no município de Alto Alegre e estudava na cidade, vivendo na casa de uma liderança indígena. Com o avanço da epidemia no Estado e a suspensão das aulas, ele teria voltado para a aldeia de origem, mas se sentiu mal e foi encaminhado para o hospital. O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami também confirmou a morte do adolescente, mas disse que, no atestado de óbito, a morte foi registrada como Síndrome Respiratória Aguda Grave. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o Distrito Sanitário Yanomami, que cuida da saúde indígena, acredita que a infecção do povo yanomami pela covid-19 é eminente, já que a população está exposta a fatores de risco por meio do contato próximo com a sociedade não-indígena. O local onde o jovem vivia é uma rota de grande trânsito de pessoas não-indígenas por conta da exploração de minério na região. As entradas para as aldeias indígenas de Roraima foram fechadas após a confirmação do caso. O prefeito do município de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado (PSD), fechou as entradas da cidade.