O Brasil bateu novo recorde do número de mortes pela Covid-19. Ontem, 141 óbitos foram incluídos no boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Com isso, o país totaliza 941 mortes pelo novo coronavírus. Esta é a terceira vez que a pasta registra mais de 100 óbitos em um só dia. Somando 17.857 casos confirmados, 1.930 de quarta para quinta, o Brasil é o 14º país em número de pacientes diagnosticados e 12º, em total de mortes.
A taxa de letalidade do vírus continua crescendo e, ontem, chegou a 5,3%. O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, informou que a média deve manter-se. “Nesse momento, continuamos testando as pessoas que se internam nos hospitais com síndrome respiratória aguda grave, independente de estarem na UTI ou em enfermarias. Além disso, testamos pacientes que são atendidos em unidades de sentinela. Com esse critério, a tendência é que a letalidade continue no patamar de 4% e 5%. Esse é o comportamento de quase todos os países que fazem esse tipo de testagem”, explicou.
Na ausência do ministro Luiz Henrique Mandetta, Gabbardo apresentou os dados mais recentes ao lado secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. Até ontem, somente o estado de Tocantins não registrava mortes pela doença. O secretário-executivo chamou atenção para as taxas de crescimento dos casos em Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Manaus (AM). “Nesses estados, a gente acha que o pico dos casos deve acontecer no final de abril e início de maio”, disse Gabbardo.
No entanto, ele explica que nem todos os municípios de um determinado estado precisam seguir a mesma estratégia de isolamento. De acordo com o Ministério da Saúde, 86% dos municípios brasileiros, até ontem, não possuíam caso confirmado de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou da Covid-19. Por isso, o secretário de Vigilância em Saúde pediu para que cada gestor tome a decisão de mudança do tipo de isolamento baseada na realidade do município.
A pasta sugeriu que estados e municípios comecem a migrar para o distanciamento social seletivo, a partir da próxima segunda (13). A sugestão é válida para lugares onde os casos confirmados do novo coronavírus “não tenham impactado em mais de 50% a capacidade instalada existente antes da pandemia”.