Um juiz paraguaio concedeu prisão domiciliar ao ex-craque Ronaldinho Gaúcho, que deverá continuar a responder o processo por uso de passaporte adulterado no Paraguai em um hotel em Assunção, informaram, ontem, fontes judiciais. “A medida alternativa corresponde a Ronaldinho e seu irmão e a continuação de sua prisão em um hotel. Tenho o registro da aceitação dos gerentes do hotel para que, às suas próprias custas, permaneçam em prisão domiciliar lá”, disse o juiz Gustavo Amarilla, em coletiva de imprensa.
O ex-jogador cumpriu um mês de prisão na segunda, na Agrupação Especializada de Assunção. A medida também beneficia o irmão Roberto de Assis Moreira. Os advogados de defesa pagaram fiança no valor de US$ 1,6 milhão para os dois brasileiros. Amarilla, juiz garantista, aceitou a quantia oferecida e ordenou a libertação do ex-craque do futebol mundial da prisão. Devido à pandemia de coronavírus, o juiz comunicou sua decisão ao acusado por celular na presença do promotor e da defesa.
Ronaldinho desembarcou no país vizinho em 4 de março, recebido por cerca de duas mil crianças no Aeroporto Internacional de Assunção. Na agenda da viagem, ajuda a crianças desamparadas por meio de uma fundação chamada Fraternidade Angelical. Ao chegar ao terminal, ele, seu irmão e um empresário brasileiro que os acompanhava mostraram passaportes paraguaios reais, mas com conteúdo falso, às autoridades de imigração. A pena deve chegar a cinco anos de prisão.
O juiz Gustavo Amarilla anunciou que Ronaldinho e seu irmão vão ficar em um hotel na rua central de Palma de Assunção. O ex-jogador da seleção brasileira fez 40 anos no último dia 21, quando estava preso na capital paraguaia.