Quando aumentar o número de pacientes examinados, os testes de biologia molecular RTPCR serão analisados em um laboratório que está sendo montado para ampliar a capacidade do trabalho. O idealizador do projeto afirmou que a intenção é ter um laboratório certificado que possa receber os kits produzidos Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e multiplicar a capacidade de realização dos testes. “O projeto é de desenvolvimento local, não vamos receber resultados, vamos produzir resultados”, observou.
O professor da UFF e nefrologista contou que a evolução da doença mostrou a necessidade do grupo fazer algo para ajudar, especialmente, no momento em que esses profissionais tiveram que paralisar outros projetos por causa do isolamento social. “O que aconteceu é que um contaminou o outro com motivação para fazer parte do projeto. Nós estamos trabalhando e as principais coisas são a cumplicidade e motivação. Aquela pergunta: o que eu posso fazer que é uma gotinha nesse incêndio e que pode ajudar ?”, disse.
Conforme a equipe começou a ser estruturada, os profissionais já acostumados em fazer análises de testes de outras doenças passaram por treinamentos para atuarem em casos de contaminação pelo novo coronavírus. “Estamos diante de uma doença perigosíssima. Tudo tem que ser feito com segurança”, disse.
As populações alvo dos testes são os pacientes internados no HUAP. “É como um jogo de dominó. Se faz um teste de diagnóstico mais rápido em um paciente que está excretando vírus pela biologia molecular, já vamos atuar também nos familiares e salvando vidas. Esse é o primeiro e mais importante foco do nosso trabalho”, disse, acrescentando que depois será possível auxiliar outros laboratórios hospitais públicos de Niterói a fazer diagnóstico em seus profissionais de saúde.
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O professor chamou atenção para o caráter multidisciplinar do grupo que será capaz de tornar o HUAP independente na produção dos laudos em relação a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Laboratório Central Noel Nutels do Rio de Janeiro (LACEN-RJ), que concentram grande parte da fabricação de testes regional e nacionalmente.
De acordo com o professor, os primeiros kits para a realização dos testes foram comprados pela UFF e pelo hospital, agora, outros serão adquiridos de BioManguinhos e de outras unidades comerciais para desenvolver os testes em escala.