A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) informou que as clínicas de diálise que atendem pacientes renais crônicos podem parar, caso o Ministério da Saúde não libere mais recursos neste momento de combate ao novo coronavírus. Elas pedem ao governo federal um repasse de R$ 300 milhões a mais para custear o aumento dos preços dos insumos. Além dos gastos a mais para tratar pacientes com suspeita de coronavírus nas 776 clínicas que prestam o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país.
Presidente da ABCDT, Yussif Ali Mere Junior diz que houve um aumento no preço nos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Fora isso, as clínicas estão tendo que criar locais de isolamentos nas unidades de diálise para separar pacientes com sintomas da Covid-19. O médico ressalta que um paciente renal crônico não pode ficar em casa, em isolamento social, porque precisa ir às clínicas três vezes por semana. E que, portanto, fica mais exposto. “Quando ele (o paciente) pega uma virose respiratória como essa, é um problema muito grande”, afirma .
É importante que a clínica esteja preparada para impedir que um paciente doente dissemine o vírus, usando EPIs adequados e isolado dos outros pacientes. “Esse cuidado tem que ser muito rigoroso nesse momento”, alerta Yussif. Ele afirma que ainda não obteve resposta do ministério quanto ao pleito da associação. A reportagem entrou em contato com a pasta por e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. (ST)
“(Em meio à pandemia do coronavírus), pacientes com DPOC não devem sair de casa, nem mesmo para fazer compras. Essas pessoas vão reagir mal a qualquer infecção respiratória. Vão ser mais sintomáticas, até com uma gripe”
Alberto Araújo,
pneumologista e presidente da Comissão de Combate ao Tabagismo da Associação Médica Brasileira (AMB)