“A cadeia de produção instalada atualmente deste tipo de equipamento talvez não consiga sustentar a demanda da população brasileira nas próximas semanas”, destacou um dos coordenadores do projeto, o professor Raul González Lima, especialista em Engenharia Biomédica e um dos coordenadores do projeto, titular do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli-USP .
“Esses equipamentos [hoje comercializados] dependem de muitos componentes importados, e nem todos estão em estoque na quantidade necessária. Os componentes podem não chegar a tempo para fazer essa produção”, acrescentou.
O aparelho, cujo protótipo já está em produção, é do tipo aberto. Ele não precisa de linhas de ar comprimido – que também poderão estar em falta nos hospitais brasileiros em razão do grande número de pacientes decorrentes da pandemia.
“Possivelmente faltarão linhas de ar comprimido nos leitos de hospital, o que torna necessário o bombeamento de ar para o paciente, na hipótese da indisponibilidade. É uma demanda crítica e pontual, e depois essa tecnologia pode ser usada em áreas remotas, em que um hospital não esteja próximo”, ressaltou o professor.
Robôs de telepresença
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP já está testando três robôs para o teleatendimento de pessoas com suspeita de coronavírus e também para “televisitas”, quando o paciente está impossibilitado de receber visitas.
Saiba Mais
De acordo com a médica, os aparelhos foram emprestados por uma empresa que está fazendo uma ação social durante a crise. De acordo com Arai, os equipamentos têm papel fundamental na humanização dos pacientes internados com coronavírus.
“Os pacientes que estão internados não tem acesso aos contatos com parentes, a atendimentos psicológicos. Então estamos buscando encontrar formas de dar um alento do lado mais humanitário. É o robô que vai estar trazendo para a gente a possibilidade de humanização no atendimento desses pacientes”, destacou.