Brasil

Anvisa recomenda adiamento de reprodução humana assistida

As recomendações falam sobre triagem de pacientes e doadores. Orientações levam em conta a pandemia de coronavírus

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o adiamento de qualquer tratamento de reprodução humana assistida até que a pandemia do novo coronavírus esteja controlada. A instrução está na Nota Técnica 12/2020 divulgada nesta sexta-feira (3/4).  

A orientação é em apoio às recomendações da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH). Em casos individuais e específicos, como os oncológicos, o médico e os pacientes devem fazer a análise do risco-benefício da realização do procedimento. 

Entre as medidas, para a doação de células reprodutivas (gametas) e embriões humanos, nacionais e importados, o candidato à doação procedente ou que tenha retornado de qualquer país será considerado inapto por 30 dias após a viagem. 

O mesmo vale para quem teve contato nos últimos 30 dias com pessoa com Covid-19, sendo incapaz de doar por 30 dias após o último contato com a pessoa. Caso o doador seja diagnosticado com o vírus, ficará impedido por 90 dias após a recuperação por completo da doença. 

Saiba Mais

A nota também frisa que não serão aceitos os pedidos de importação de células reprodutivas ou gametas (oócitos e sêmen) para amostras colhidas após 30/1/2020, data na qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

Com relação ao cuidado com profissionais de saúde, os Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTGs) devem implementar mecanismos e rotinas para prevenção e controle durante a assistência aos pacientes, conforme as recomendações da Nota Técnica 04/2020 e orientações do Ministério da Saúde (MS).
 
*Estagiário sob supervisão de Fernando Jordão