O estudo será feito de forma simultânea em todo o mundo para tentar trazer responder quais os medicamentos e condutas médicas eficazes para curar infectados pelo novo coronavírus. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Fiocruz está construindo o Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19, que contará com 200 leitos de UTI e será um dos espaços para os ensaios clínicos.
A orientação do Ministério da Saúde é incluir o maior número de pacientes possíveis de todas as regiões do país. “Estudos com número limitado de pacientes, e sem o adequado controle, como são a maior parte dos estudos registrados até o momento, podem demorar a conseguir uma resposta, ou nem mesmo chegar nela”, explica Valdiléa Veloso a diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). “Colabora-se assim com o esforço global de ter uma resposta rápida e aplicável a população brasileira”.
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Em um primeiro momento serão testados a cloroquina, o Remdesivir, a combinação liponavir e ritonavir, isolado ou combinado ao Interferon Beta 1a. A pesquisa incluirá somente pacientes hospitalizados, para atender à demanda mais urgente, que é a de oferecer tratamento para pacientes com quadro mais grave.
Apesar de ter quatro linhas de tratamento definidas, uma das premissas do estudo é que ele seja adaptável, ou seja, caso surjam novas evidências as linhas podem ser adequadas, com descontinuação de drogas que se mostrem ineficazes e incorporação de medicamentos que venham a se mostrar promissores.
* Com informação da Fiocruz