Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (25/3) pelo Ministério da Saúde, o gestor da pasta, Luiz Henrique Mandetta, declarou que não deixará o cargo após o polêmico pronunciamento feito pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta terça (24/3), que contrariou medidas recomendadas pela pasta.
"Eu saio daqui na hora que o presidente achar que eu não devo mais trabalhar, ou se tiver doente, ou no momento que esse período todo de turbulência tenha passado e eu achar que eu possa não ser mais útil", afirmou Mandetta ao responder boatos de que poderia deixar o cargo de ministro.
Mandetta ainda afirmou que Bolsonaro quis chamar atenção de todos e fez um apelo para que a sociedade se preocupe também com a economia. "Vejo nesse sentido a grande colaboração da fala do presidente. Chamar atenção de todos que é preciso pensar na economia", avaliou.
Apesar de não confirmar uma mudança de orientação em relação ao isolamento, Mandetta criticou a forma como a “quarentena” foi adotada no país. "Temos que melhorar esse negócio de quarentena. Ficou muito desarrumado, não ficou bom. Foi precipitado, foi cedo. Ficou uma sensação de entramos e como saímos?", criticou.
Para o ministro, é normal que a haja erros ou “projeções questionáveis” quando se fala em quarentena já que a última vez que o Brasil fez o uso da medida por saúde foi em 1917 em decorrência da gripe espanhola.
Isolamento vertical
O Ministério da Saúde ainda disse que o isolamento vertical será implementado se o corpo técnico do órgão "achar que esse é o melhor caminho". No entanto, a pasta não confirmou o mudança de orientação e diz estar estudando todas as possibilidades.
Saiba Mais
Nesta quarta (25/3), pasta registrou 57 óbitos e 2.433 casos confirmados. A taxa de letalidade do vírus no Brasil também cresceu e, atualmente, é de 2,4%.