A capacitação, que começou em fevereiro, foi finalizada hoje e celebrada pela pasta, que tem a intenção de descentralizar o diagnóstico do Covid-19. Anteriormente, somente a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Adolfo Lutz, Instituto Evandro Chagas e o Laboratório Central de Goiás realizavam o teste para diagnóstico do coronavírus.
"Com isso, nós ganharemos muita capilaridade e mais celeridade podendo ajustar as medidas não farmacológicas a cada localidade", avaliou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.
15 mil testes já foram distribuídos para esses laboratório e ainda esta semana mais 10 mil serão encaminhados. Mais cedo em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez críticas a orientação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que cada país deve testar todos os pacientes suspeitos do novo coronavírus.
"Nós temos as nossas críticas a esse tipo de atitude tomada pela OMS, onde temos um mercado que não tem kit de testagem e eles sabem que não tem. Os Estados Unidos estão sem kit, por exemplo. Não é uma situação para se pensar melhor?", questionou Mandetta.
No Brasil, nos locais com transmissão comunitária, atualmente somente a cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo, apenas as pessoas com casos graves são testadas.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, há 291 casos confirmados, 8819 suspeitos e um óbito. No entanto, ainda nesta quarta, a Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou mais duas mortes causadas pelo Covid-19.