O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (16/3) a instalação rápida de dois mil leitos de UTI nos estados do Brasil para reforço da assistência contra o novo coronavírus. A previsão de investimento para a medida é de R$ 396 milhões para contratação desses leitos e R$ 260 milhões para manutenção e custeio desses leitos por seis meses.
O ministério vai liberar os leitos de acordo com solicitações e avaliação dos cenários epidemiológicos dos casos. No entanto, o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, afirmou que já nesta terça-feira (17/3) o ministério já irá distribuir os kits de equipamentos. Ao todo, 540 leitos começarão a ser distribuídos para os 27 estados a partir de amanhã.
“A distribuição deles irá obedecer critérios que estão sendo discutido pelos próprios secretários de saúde. São 540 leitos e eles decidirão quanto cada um vai receber em lotes de 10. Ainda hoje deve ser decidido a quantidade de leitos que cada estado irá receber”, disse Gabbardo. Até o final do mês, esses 540 leitos devem estar instalados e funcionando no Brasil.
Gabbardo ainda afirmou que o Ministério da Economia vai zerar o imposto de importação desses equipamentos necessários para montagem de um leito de UTI e nos próximos dias uma política que proibirá a exportação desses equipamentos será implementada.
“Os fabricantes nacionais que produzem respiradores, que são fundamentais para as UTIs, ficarão impedidos de exportar. Vamos importar na medida do possível, mas não vamos deixar sair do país”, explicou.
O secretário de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo, explicou como vai funcionar a contratação e distribuição dos dois mil leitos. “A pasta faz a contratação de kits de equipamentos necessários para a montagem de um leito de UTI, como ventilador pulmonar, distribui para os estados, que disponibilizam espaços físicos provisórios e equipes de atendimento”, esclareceu.
Além disso, a pasta anunciou que vai liberar mais R$ 432 milhões para ações de reforços dos planos de contingência contra o novo coronavírus feitos pelos estados. De acordo com a pasta, o dinheiro deve ser utilizado nas ações contra o Covid-19 e será proporcional do número de habitantes de cada estado.