A pandemia de coronavírus também afetou as manifestações em memória de Marielle e de Anderson. Mas, em vez dos atos presenciais –– desestimulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, que recomendam que se evite aglomeração de pessoas para evitar a propagação da Covid-19 ––, a família da vereadora pediu que as pessoas pendurem lenços amarelos nas janelas de casas e apartamentos para demonstrar apoio à causa. A família Franco também incentiva manifestações individuais, como o uso de roupas amarelas, no Rio de Janeiro e nos outros estados.
O Instituto Mariele Franco afirmou, em nota, que “é preciso lutar por Justiça”, mas que não é o momento de realizar atos presenciais. “É uma notícia que nos deixa muito tristes em comunicar, pois sabemos da importância de estarmos juntas nesse dia para manter viva a memória, a luta e o legado de Marielle. Para mostrarmos que o nosso grito por justiça segue cada vez maior”, diz um trecho.
Diversos atos em memória de Marielle e Anderson estavam agendados para hoje, em vários pontos do país. No Rio de Janeiro, uma manifestação seria realizada na Cinelândia, no centro. Em Brasília, uma praça em homenagem à vereadora deve ser inaugurada na Estação Galeria, do metrô.
O PSol, partido pelo qual a vereadora fora eleita, defendeu também manifestações pela internet. De acordo com a legenda, é importante que a sociedade dê segmento à luta de Marielle, apoiando, por exemplo, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que atende principalmente pessoas de baixa renda nas periferias. (RS)