Brasil

Evento suspenso em Brasília


O Encontro Anual Educação Já, do movimento Todos Pela Educação, foi cancelado depois que a presidente executiva da ONG, Priscila Cruz, apresentar alguns sintomas de que tenha contraído o coronavírus. O evento, que começou na segunda-feira, estava sendo realizado em Brasília e tinha previsão para durar três dias, com presença de diversas autoridades.

Passaram pelo encontro aproximadamente 350 pessoas. Na segunda-feira, antes de apresentar sintomas, Priscila chegou a ter contato com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mediando um painel do qual ele participou. O parlamentar disse que não fará isolamento e que não há razão para medo. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, também esteve no evento.

Na programação de ontem, estava prevista a participação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares. Na de hoje, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli, seria um dos palestrantes. Entre as centenas presentes, estavam ainda o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), deputado Bacelar (PODE-BA) e o secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amancio. Muitos professores de escolas de todo o país também participaram.

Mal-estar


Priscila sentiu-se mal no fim da tarde de segunda-feira, e procurou atendimento no Hospital Brasília. Ela chegou com febre alta, dor na garganta e prostração. Após exames e uma melhora no quadro clínico, foi liberada e está em isolamento num hotel, aguardando a confirmação do teste para coronavírus. A organização informou que o quadro dela é estável, mas submeteu-se a novos exames ontem, no Hospital Sírio Libanês. Durante o carnaval, entre os dias 19 a 23 de fevereiro, ela esteve na Noruega e fez escalas em Frankfurt (Alemanha), onde já havia casos notificados.

Segundo o diretor de Estratégia Política da ONG, João Marcelo Borges, não houve recomendação para o cancelamento do evento, e a organização decidiu pela suspensão como medida preventiva. O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que a pasta não foi acionada sobre o caso e que a medida pode ser sido precipitada. “Não sei se a decisão seria pela manutenção do evento, porque teria que ser feita uma análise do caso específico”, destacou

* Estagiária sob supervisão de Fabio Grecchi