Subiu para 25 o número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Brasil, de acordo com balanço divulgado ontem, pelo Ministério da Saúde. Alagoas e Minas Gerais passaram a integrar a lista de estados com a presença do agente causador da Covid-19. Agora são 16 infectados em São Paulo, três no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo, dois na Bahia, um no Distrito Federal, um em Alagoas e um em Minas Gerais.
Desses 25, quatro deles ocorreram por meio de transmissão local, por contato com pessoas que tiveram a confirmação de contágio pelo coronavírus. Os outros 21 são de pessoas que estiveram fora do país. São Paulo e Bahia foram os dois estados que registraram pessoas infectadas por transmissão local.
O ministério monitora 663 casos suspeitos, enquanto que outros 632 já foram descartados. Os dados são atualizados diariamente na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde do Ministério. Das confirmações, uma delas tem quadro grave: a mulher de 52 anos que está internada e respira com a ajuda de aparelhos, no Distrito Federal.
O primeiro caso de coronavírus no país foi notificado no dia 4 de março, logo após o carnaval. O paciente tinha viajado para a Itália, assim como boa parte dos outros infectados, que também viajaram para Estados Unidos e Irã. O Brasil já está entre aqueles países com transmissão local, depois que alguns desses pacientes passaram a contaminar aqui pessoas que não tinham viajado.
Novas medidas
Temendo uma epidemia de coronavírus, o Ministério se prepara para reforçar as medidas contra uma possível epidemia. De acordo com informações obtidas pelo Correio, a intenção é contratar mil leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), em todo o país, para internar pacientes mais graves, que tenham a respiração comprometida ou baixa imunidade. Outras 100 UTIs já estão em fase de habilitação. Caso a taxa de infecção avance rapidamente, o volume de UTIs contratadas pode aumentar.
Além disso, equipes devem ser treinadas para instalar de forma rápida leitos de terapia intensiva em enfermarias. Para que um leito de emergência ou internação semi-intensiva seja convertido para UTI, é necessária a instalação de tubulações de gás e adequação da rede elétrica, assim como o aporte de equipamentos usados nos procedimentos médicos.
A vantagem do Brasil, de acordo com avaliações internas do Ministério e do governo, é ter um sistema de saúde universal, com hospitais espalhados por todos os estados e unidades básicas de saúde nos municípios.