O amor pela Ciência é sentimento compartilhado pelas parceiras de equipe. Ainda durante a infância, a farmacêutica Erika Manuli, 44 anos, sonhava em descobrir um medicamento que pudesse curar vitiligo, doença que acarreta despigmentação de pele –– que a mãe apresentava.
“É um desafio ser mulher nessa área. Percebe-se que os cargos de diretoria geralmente são ocupados por homens. Então, divulgar a importância do nosso trabalho foi um grande passo na minha percepção, mostrando para a comunidade científica que as mulheres brilham. Somos empoderadas sim”, garante Erika.
A parceira de bancada, a biomédica Flávia Salles, 30 anos, não começou a carreira na pesquisa para a qual migrou pela vontade em ajudar nos avanços da medicina.
Flávia considera que ainda há muitas barreiras a serem superadas, principalmente em relação à valorização financeira. “Dedicamo-nos 100%, contribuímos e sempre ficamos na incerteza quanto a cortes de bolsas, se quando acabar conseguiremos outra”, lamenta.
Atualmente, o grupo se mantém por incentivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além das parcerias internacionais com a Medical Research Council e o Fundo Newton, ambos do Reino Unido.