A técnica que permitiu uma análise mais rápida e barata foi implantada no Brasil por Ingra Morales, 28 anos, que também integrou o time de cientistas que rodou o Nordeste com foco no combate ao Zika. Em 2016, ela e colegas do Reino Unido trouxeram a metodologia, com o desafio de aperfeiçoá-la. Foi possível, assim, sequenciar o Zika, o que serviu para decodificar qualquer outro tipo de vírus.
“Treinei todos os grupos do Brasil, que lidam com a metodologia até hoje. Foram seis meses trabalhando no desenvolvimento do protocolo e tentando aprimorar para que ficasse mais rápido, mais barato e menos complexo”, conta Ingra. O procedimento, que chegava a custar R$ 1 mil, passou para uma média de R$ 30, conseguindo analisar 20 amostras simultaneamente.
“Quero continuar avançando nas pesquisas. É o que eu gosto desde criança, quando falava que queria ser cientista. Muito da minha vida está dentro do laboratório, buscando conhecimento o tempo todo”, garante.