Brasil

Países monitorados agora são 26


O Ministério da Saúde aumentou de 16 para 26 o número de países que estão na lista de alerta do governo federal para o novo coronavírus. O anúncio foi feito ontem pelo secretário executivo da pasta, João Gabbardo. Representa que os viajantes que tiverem retornado ao país vindos de algum desses lugares, num espaço de tempo de 14 dias, e que apresentarem sintomas da contaminação –– como febre e dificuldade para respirar ––, serão considerados casos suspeitos.

A lista agora é composta pelos seguintes países: Coreia do Sul, Japão, Cingapura, Austrália, Malásia, Vietnã, Itália, Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Suíça, Noruega, Holanda, Áustria, Croácia, Grécia, Israel, Finlândia, Dinamarca, Tailândia, Indonésia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Canadá. Com isso, a quantidade de casos suspeitos deve aumentar nos próximos dias. Até ontem, eram 488 pessoas suspeitas de contaminação.

Com a inclusão de mais 10 países na lista de alerta, Gabbardo disse que a partir de agora o governo federal passa a dar menos atenção para as estatísticas, tendo um foco maior na prevenção, em especial de pacientes com maior predisposição para casos graves –– idosos e pessoas com doenças crônicas.

“Pode ter uma demanda maior de pessoas querendo saber se têm a doença. Isso já não é mais tão relevante. Se a pessoa está em casa, veio dos EUA e está gripado, com febre, sintoma baixo, mas está alimentando bem e não tem outro prejuízo, é mais importante que ele faça a prevenção e os cuidados com higiene do que ele ir em uma unidade de saúde para ver se é coronavírus”, explicou.

Gabbardo afirmou que agora que se sabe da existência da circulação do vírus no mundo, a identificação não é mais tão importante. Ele reiterou que o protocolo do Ministério da Saúde permanece o mesmo: as pessoas que viajarem a esses 26 países e apresentarem sintomas, terão material coletado para investigação.

Segundo Gabbardo, o governo federal está preparado para isso para um aumento da demanda por postos de saúde pelas pessoas que vieram dos países que integram a lista de alerta. Cinco laboratórios estão capacitados a fazer os exames do material coletado. O secretário acrescentou que está em estudo uma forma de incentivar os municípios a ampliarem os serviços das unidades básicas de Saúde –– a ideia é aumentar o atendimento para que haja menos procura de hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

A partir da 100ª confirmação, em laboratório, de infecção, o governo federal deixará de coletar material e passará a testar 100% das suspeitas –– até lá, o Ministério da Saúde continuará com o atual procedimento de acompanhar todo paciente que retornar de países da lista e, em até 14 dias, apresentar os sintomas. Depois de uma centena de casos concretos, a intenção é continuar realizando a coleta das situações mais graves. Gabbardo explicou que tal número é para que se foque ainda mais na prevenção, impedindo a propagação do vírus, deixando o controle estatístico em segundo plano.