Apesar dos avanços na prevenção de doenças epidemiológicas, o diretor Julio Croda, do Ministério da Saúde, pondera: “O Brasil possui o maior sistema único de saúde em país com população maior que 100 milhões de habitantes. Em uma assistência dessa magnitude, desafios também são enormes. Políticas efetivas e oferta de serviços precisam cada vez mais serem aprimoradas. A melhora em termos de oferta de recursos, financiamentos e gestão precisa ser sempre aprimorada”, diz.
A especialista em Globalização da Saúde e professora da Universidade de São Paulo (USP) Deisy Ventura indica caminhos para lidar com dificuldades e disfunções do SUS. “Priorizar orçamentos para saúde é garantir bem-estar da população, reduzindo desigualdades e gerando uma economia sustentável. A saúde precisa ser pauta não só em épocas de campanha política ou quando há um alarde mundial”, observa.
As políticas de combate a doenças por parte do governo e o direcionamento da atenção da população devem, portanto, ser reforçados para além das épocas de crise, afirma Ventura. “A preocupação com que hoje é tratado o coronavírus deve alcançar todos os tipos de doenças. Uma tarefa conjunta entre governo e população. A única forma de lidar com um cenário de incerteza é ter um sistema preparado, com estrutura capilar, abrangente e vigente.”