O homem de 61 anos reconhecido como único caso confirmado no Brasil está bem e em isolamento domiciliar. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o paciente teve contato com 30 pessoas da família, em uma reunião familiar feita logo após a chegada ao Brasil, e todas estão sendo monitoradas. Além disso, pessoas que ficaram próximas a ele nos voos que fez também estão sendo contactadas e acompanhadas. Mandetta estima que entre 50 e 60 pessoas poderão ser acompanhadas por causa do contato próximo ou temporário com este paciente.
De acordo com o secretário de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, o que determina o local de isolamento não é o vírus, mas a condição clínica da pessoa. “Este paciente está bem, em casa, em um isolamento domiciliar com a sua família. Uma vez terminados os sintomas que apresentou, ele deixa de estar nessa situação de paciente isolado e volta à vida normal”, explicou.
De acordo com o ministro, serão contactados também 16 passageiros que estavam nas duas fileiras da frente ou ao lado do brasileiro infectado. O paciente retornou da Itália ao Brasil dia 21, em voo com escala em Paris. No domingo, ele fez uma reunião familiar — quando começou a sentir os primeiros sintomas. Na segunda-feira, procurou o Hospital Albert Einstein.
O governo informou que o paciente não usou transporte público no Brasil, o que poderia ampliar a transmissão. Apesar de ser considerado um caso que exige “alta vigilância”, a mulher do infectado não apresenta sintomas da doença.
Campanhas
A fim de evitar histeria, Mandetta salientou que o governo fará uma campanha de esclarecimento. “Nós vamos ter que fazer uma comunicação um pouco maior para a população. A gente deve começar uma campanha para as pessoas perceberem a importância de lavar as mãos, de ter higiene”, informou Mandetta, sem dizer, porém, quando a campanha começará a será veiculada.
Outra preocupação do governo é em relação aos refugiados venezuelanos, pois há a preocupação com possíveis subnotificações de casos. “A gente está lá lutando com difteria, febre amarela, sarampo. Em saúde, você tem que ser muito aberto, transparente”, observou.
*Estagiária sob supervisão de Fabio Grecchi