Brasil

Homem é filmado comprando gasolina



Imagens de uma câmera de segurança em um posto de combustível de Santo André, no Grande ABC, no último dia 28 de janeiro, registraram uma homem comprando gasolina em um galão. Segundo a polícia, o comprador seria Jonathan Ramos, irmão de Juliano Ramos e primo de Carina Ramos, que é companheira de Ana Flávia, ambas acusadas der planejar e executar o casal de empresários Romuyuki e Flaviana Gonçalves e do jovem Juan, pais e irmão de Ana Flávia. O combustível possivelmente foi usado para incendiar o carro com a família dentro.

Ambos são suspeitos de participar da morte de uma família, na mesma data da compra da gasolina, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. Os responsáveis pela investigação acreditam que Juliano citou o nome de Michael Ramos dos Santos Anjos, solto ontem, para acobertar o irmão. Durante o depoimento, Juliano, que é primo de Carina, revelou ter participado do crime e disse ainda que foi ela quem orquestrou os assassinatos.

Juliano disse ainda que Guilherme Ramos da Silva também participou da ação — em cuja casa a polícia encontrou objetos e dinheiro em espécie que foram roubados da casa das vítimas. Na última quarta-feira, em depoimento, Ana Flávia e Carina confessaram ter armado o assalto, mas negam participação na morte das vítimas.

Versões

Juliano, terceiro suspeito preso pelo assassinato de uma família encontrada carbonizada em 28 de janeiro, no ABC Paulista, confessou envolvimento nas mortes e acusou de participação de Ana Flávia e Carina. Em depoimento prestado à Polícia Civil, logo depois de ter sido preso, na segunda-feira, admitiu que sabia que havia no imóvel R$ 85 mil. Mas, como não o dinheiro não foi achado no cofre da residência, participou de uma sessão de tortura de Romyuki e Juan.

Conforme Juliano disse aos investigadores, pai e filho foram levados amarrados para o andar de cima da residência, colocados em quartos separados e torturados para entregar a senha do cofre. Mas, como eles não sabiam, os assassinos resolveram esperar Flaviana chegar em casa. Dominaram a mãe de Ana Flávia e obrigaram-na a ver as torturas ao marido.

Foi quando ela se desesperou e abriu o cofre — que não tinha nada de valor. Nesse momento, a pedido de Carina e Ana Flávia decretou-se a morte da família. A filha de Romuyuki e Flaviana concordou, segundo Juliano, por causa de uma suposta herança e um possível seguro de vida dos pais e do irmão.

Laudo necroscópico preliminar indica que mãe, pai e filho foram mortos com golpes na cabeça, desferidos por um instrumento contundente como um pedaço de madeira. Em seguida, os corpos foram queimados dentro do carro. Ana Flávia e Carina estão presas temporariamente desde 29 de janeiro, no 7º Distrito Policial (DP) de São Bernardo, por suspeita de participação no crime.

Juliano teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça e foi transferido para uma cadeia de presos provisórios, em São Caetano do Sul, também no ABC.