Brasil

Embaixador garante facilitar processo

Ao deixar o Ministério da Infraestrutura, o embaixador da China, Yang Wanming, disse ontem que seu país vai ajudar nos trâmites para repatriação dos brasileiros que estão em Wuhan, epicentro da epidemia de coronavírus. “Respeitamos a decisão do governo do Brasil e a entendemos. Vamos prestar nosso apoio para os brasileiros que moram na China, facilitar os trâmites na cidade de Wuhan”, afirmou.

Segundo o diplomata, a contaminação pelo coronavírus está muito controlada na fronteira da China. “Tomamos as medidas para limitar as viagens dos chineses ao exterior e todas as agências de turismo cancelaram seus programas. Ao mesmo tempo, qualquer viajante que tem de sair da China precisa passar por um exame médico no aeroporto”, afirmou.

Um comitê especial sobre o coronavírus foi criado com o governo brasileiro, ressaltou o embaixador. “Temos um canal muito fluído com o Itamaraty”, destacou. No entanto, Yang Wanming considerou as medidas adotadas pelo Executivo muito restritas, sem detalhar o motivo da sua avaliação. “Espero que sejam eficientes”, acrescentou.

O diplomata deu as declarações após reunir-se com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas para intensificar a agenda de trabalho com foco no programa de concessões. Freitas reforçou ao embaixador a intenção de aprofundar o diálogo para mostrar as oportunidades que o Brasil oferece em ferrovias, portos, rodovias e aeroportos.

Há previsão de viagem do ministro à China, ainda no primeiro semestre, para participar de roadshow, a exemplo dos realizados na Europa e nos Estados Unidos, apresentando o programa de concessões a executivos de empresas privadas e estatais do país asiático. “O ano de 2020 será muito bom. Queremos intensificar o diálogo e esperamos contar com o expertise e a capacidade das empresas chinesas”, disse Freitas.

O embaixador afirmou que o Brasil transmite confiança e seria oportuna uma aproximação com os empresários chineses para tirar dúvidas sobre a modelagem e a viabilidade dos projetos de concessão. “Há muito interesse das empresas chinesas no Brasil, especialmente em ferrovias”, destacou Wanming.