A Polícia Civil prendeu um novo suspeito de envolvimento no assassinato de Flaviana Guimarães, de 40 anos, Romuyuki Gonçalves, de 43, e Juan Victor Gonçalves, de 15. No entanto, a Secretaria de Segurança Pública não deu detalhes sobre a prisão e afirma que o caso segue em investigação e sob segredo de Justiça.
Na última quarta-feira (29/1), a polícia já havia prendido Ana Flávia Menezes Gonçalves, de 24 anos, sob suspeita de matar o pai, a mãe e o irmão mais novo. Sua companheira, Carina Ramos, de 31 anos, também foi presa sob suspeita de envolvimento no crime.
Elas foram detidas temporariamente, por 30 dias, após os delegados responsáveis pelo caso terem encontrado contradições nos depoimentos de ambas sobre a noite do crime. "Depois do depoimento, já se supunha que algo de estranho estava acontecendo na versão que elas apresentavam", disse o delegado Ronaldo Tossunian, seccional de São Bernardo.
A família foi encontrada carbonizada no porta-malas de um veículo encontrado na madrugada de terça-feira (28/1), em uma estrada rural de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A família de Flaviana Gonçalves já afirmou não ter dúvidas quanto ao envolvimento da filha da vítima no triplo homicídio.
Cronologia do caso
Carro da família, um Jeep Compass chega ao condomínio por volta das 22h da segunda-feira (27/1). Polícia acredita que esteja sendo dirigido por Flaviana. Na casa, estariam Romuyuki, Juan Victor, Ana Flávia e Carina, que havia chegado a pé poucas horas antes.
Por volta da 1h da terça-feira (28/1), o carro de Ana Flávia e o carro Compass, de Flaviana, saem do condomínio. A polícia acredita que parte das mortes já tinha ocorrido nesse momento e provavelmente os corpos estavam no porta-malas de algum dos carros. Flaviana estaria dirigindo sob ameaça das suspeitas. Carro da família deixa condomínio na madrugada do crime. Veículo foi incendiado poucas horas depois.
Perto das 3h da terça-feira (28/1), a polícia é acionada para uma ocorrência envolvendo um carro incendiado na Estrada do Montanhão, em São Bernardo. No porta-malas do Compass, encontram corpos carbonizados, mas naquele momento não conseguem quantificar o número de vítimas. Os corpos são levados para o IML e identificados a partir da arcada dentária. Eram Romuyuki, Flaviana e Juan Victor.
Na madrugada da terça, Ana Flávia e Carina prestam depoimento na polícia. Elas dizem que a família tinha uma dívida de R$ 200 mil com um agiota e que ele era violento. Acrescentam que Flaviana saiu de casa, de madrugada, para realizar o pagamento, e disse que iria para Minas Gerais na sequência.
Informações levantam primeiras suspeitas da polícia, principalmente em razão da presença de Juan Victor num pagamento a um agiota de madrugada, o que é pouco provável.
Outras contradições levam a polícia a apresentar à Justiça um pedido de prisão temporária de Ana Flávia e Carina. O pedido é deferido e elas são presas na noite de quarta-feira (29/1). Elas ficarão presas por no mínimo 30 dias. A polícia não esclareceu qual motivo teria levado o casal a atacar a própria família.
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