Brasil

Número de casos estável no país



O número de suspeitas de coronavírus voltou a subir no mundo ontem. No Brasil, por sua vez, ficou estável. De acordo com o Ministério da Saúde, nenhum caso de contaminação foi confirmado, mas 16 pessoas seguem em observação no país.

A metade desses pacientes está em São Paulo. Já o restante, nos estados do Rio Grande do Sul (4), de Santa Catarina (2), do Paraná (1) e Ceará (1). Todos os casos suspeitos apresentaram sintomas e estiveram na China ou mantiveram contato com alguém que passou pelo território chinês recentemente.

Segundo o governo, tudo está sob controle. Mesmo assim, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pode ter que ir ao Congresso detalhar o plano estruturado pelo governo diante do surto do coronavírus. É que o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um requerimento de audiência pública pedindo que Mandetta e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, compareçam ao Congresso para detalhar as medidas de prevenção e tratamento de possíveis casos de coronavírus no Brasil.

Randolfe também quer detalhes da assistência que será oferecida aos brasileiros que estão em situação de risco no exterior — não apenas os que serão trazidos da China —, bem como o risco ao qual o Brasil pode ser exposto se algum caso for confirmado nos países com os quais faz fronteira.

Fake news
Com a disseminação do coronavírus pelo mundo, também aumentaram as fake news relacionadas ao assunto. Só o Ministério da Saúde disse estar recebendo cerca de 300 notícias falsas sobre por dia sobre a doença. São mensagens que falam de métodos não comprovados de transmissão, prevenção e até tratamento.

Por isso, a pasta fechou uma parceria com o Twitter para tentar combater essa desinformação. “Agora, quem buscar sobre a doença no Twitter vai receber uma notificação para acessar o site do Ministério da Saúde, com informações oficiais, atualizadas e confiáveis”, informou o ministério, que está listando todas essas fake news no seu site, assim como os reais métodos de prevenção da doença. (MB)

Fique atento!
Como é feita a transmissão?
» Pelo ar ou contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro;
» Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
» Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?
» Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença ou que sofrem de infecções respiratórias agudas;
» Lavar as mãos com frequência, especialmente após tossir ou espirrar, e após contato com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
» Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
» Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
» Evitar tocar nas mucosas de olhos, nariz e boca;
» Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
» Manter os ambientes bem ventilados;
» Evitar contato próximo com animais selvagens e doentes;
» Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas. Isto é, máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção.

Quais os sintomas?
» Febre;
» Tosse;
» Dificuldade para respirar;
» Ter estado na China, ou em lugares onde há foco da vírus, ou mantido contato com pessoas que estiveram nesses locais aumenta a suspeita.

O que acontece com os casos suspeitos?
» Exames laboratoriais;
» Isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos.

Qual o tratamento para os casos confirmados?
» Repouso;
» Consumo de bastante água;
» Medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
» Umidificador e banho quente auxilia no alívio da dor de garanta e tosse.

O que deve acontecer com os brasileiros que estão na China?
» Exames;
» Isolamento, em local a ser informado, por pelo menos 14 dias, porque o vírus pode ficar incubado por duas semanas antes de os primeiros sintomas aparecerem.
Fonte: Ministério da Saúde