A Polícia Civil do Rio de Janeiro voltou atrás, nessa sexta-feira (31/1), e afirmou que laudos periciais indicam que o documento usado pela influenciadora Lorenna Vieira “era falso e que a digital encontrada na cédula não pertence a jovem”. A empresária, que é noiva do DJ Rennan da Penha, .
Segundo a 22ª DP (Penha), um inquérito policial foi instaurado para apurar a denúncia. Outro crime que também é investigado é o uso de documento falso por Lorenna, o que teria motivado o acionamento de uma equipe da Polícia Civil. Nas consultas preliminares, os dados de nome, filiação, data de nascimento e numeração da identidade apresentada pela jovem batiam com os dados do sistema e a jovem foi liberada pela polícia.
Agora, segundo a polícia carioca, as informações colhidas junto ao Detran-RJ “confirmaram que a cédula de identidade não foi emitida oficialmente pelo órgão e a fotografia existente no documento questionado não corresponde à existente nos bancos de dados oficiais. As investigações da Polícia Civil prosseguem e a delegacia aguarda o resultado de outras pesquisas e perícias solicitadas e realizará novas oitavas de testemunhas nos próximos dias.”
Lorenna comentou nas redes sociais sobre a acusação da polícia. “Eu fui pegar um dinheiro meu! Que tenho como provar de onde vem! Tenho como provar tudooooo! Não façam isso comigo. Por que eu iria fazer isso com a minha vida? Os dados são meus! Por que fui liberada e informada que estava tudo certo?”, reclamou.
Em nota ao Correio neste sábado (1°/2), o Itaú reiterou o posicionamento de quando os fatos vieram a público. “A verificação de documentos é obrigatória quando o cliente não tem em mãos o cartão do banco ou não faz uso de biometria para realizar saques. O objetivo é garantir a segurança dos próprios clientes, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero”, afirma.
Ainda segundo o banco, um pedido de desculpa foi feito à empresária. “O banco reforça, ainda, que, a despeito de a Polícia Civil ter declarado que o documento apresentado por Lorenna Vieira é falso, já havia se desculpado com ela pelo incômodo que a abordagem possa ter causado. O Itaú Unibanco se mantém à disposição para esclarecimentos”, conclui.
Entenda o caso
A empresária e influenciadora digital Lorena Vieira vai processar o Banco Itaú por preconceito e racismo. Ela foi considerada suspeita de fraude por funcionários de uma agência do Rio de Janeiro, localizada no Mercado São Sebastião, depois de tentar desbloquear um cartão e sacar R$ 1,5 mil da própria conta. Os atendentes a fizeram esperar até que o local fechasse. Enquanto aguardava, ela foi surpreendida por policiais civis e levada para uma delegacia. Lorena desabafou nas redes sociais.
No momento da abordagem, outros clientes estavam na agência. Lorena é noiva do DJ Rennan da Penha, indicado ao Grammy Latino. Segundo ela, os funcionários da agência suspeitaram de fraude e, por causa disso, foi levada para a 22º Delegacia de Polícia (Penha) e interrogada.
Lorena disse que os agentes também agiram de maneira preconceituosa. “Falaram que não era eu na identidade, que o dinheiro que estava entrando na minha conta era fraude. Por quê? Eu não posso ter nada? Não posso trabalhar com produtos cosméticos e ganhar bem?”
Para o noivo de Lorena, a suspeita aconteceu porque ela está com os cabelos lisos na foto do documento de identidade e chegou à agência com os cabelos cacheados. “Constrangimento absurdo minha mulher ter que ir pra delegacia por causa disso e ainda ouvir desaforo”, criticou Rennan.