Brasil

Ministério da Saúde confirma primeira suspeita de coronavírus no Brasil

O caso é de uma estudante de 22 anos que esteve na cidade de Wuhan, na China, e retornou ao Brasil na última sexta-feira (24/1). Estado de saúde dela é considerado ''bom''

Correio Braziliense
postado em 28/01/2020 11:20

coronavírusO Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira (28/1), um caso suspeito de coronavírus no Brasil. A suspeita é de uma estudante de 22 anos que esteve na cidade de Wuhan, na China, e retornou ao Brasil na última sexta-feira (24/1). De acordo com a pasta, este é o único caso no Brasil que é considerado suspeito do novo vírus. Segundo o Ministério postou numa rede social, o estado de saúde da paciente é considerado "bom" e que ela está em "isolamento".

De 3 a 27 de janeiro, o Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS) Nacional analisou 7063 rumores, sendo que 127 exigiram verificação por meio de exames.  "Não há evidências de que o vírus está circulando no Brasil", informou o ministro em coletiva de imprensa.


No entanto, a pasta acompanha o caso de perto e afirma que 14 pessoas próximas da paciente estão sendo monitoradas. "É um monitoramento clínico, que acontece por telefone, WhatsApp e visitas para ver se há qualquer elevação de temperatura e sinal de sintoma", explicou o ministro Luiz Henrique Mandetta.


De acordo com a pasta, a estudante disse que não esteve no mercado de peixes da cidade, não teve contato com nenhuma pessoa doente e não procurou nenhum serviço de saúde quando esteve na cidade. O ministério confirmou também que o nível de alerta do Centro de Operações de Emergência (COE), instalado na última quinta-feira (23/1), subiu. Até nessa terça, o COE trabalhava com o nível de alerta 1 e passou para 2, em uma escala de 1 a 3.

A jovem voltou ao Brasil na última sexta-feira. O voo da jovem de 22 anos saiu de Wuhan, fez escala em Paris e chegou ao Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos. De Guarulhos, a jovem ainda pegou outro voo até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, onde desembarcou. 


Perigo iminente

Com o caso suspeito, o ministério confirmou também que o nível de alerta do Centro de Operações de Emergência (COE), instalado na última quinta-feira (23/1), subiu. Até essa segunda-feira (27/1), o Centro de Operações de Emergência (COE) trabalhava com o nível de alerta 1 e passou para 2, em uma escala de 1 a 3. 

"Estávamos até ontem no nível 1. Na medida em nós identificamos o primeiro caso que se enquadrou na definição de caso suspeito, nós estamos entrando no nível 2, de perigo iminente. Caso um caso seja confirmado, declaramos emergência de saúde pública e passamos para o nível 3", declarou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kléber de Oliveira. 

O ministro da pasta afirmou que o que muda nesta fase é o grau de vigilância, inclusive em portos e aeroportos e que este alerta foi elevado por causa da mudança de definição de caso suspeito feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, todas as pessoas vindas da China nos últimos 14 dias, que apresentem febre e sintomas respiratórios podem ser considerados suspeitos. 

Por isso, o Ministério da Saúde desaconselhou viagens para a China. "Não é recomendável que a pessoa se exponha a esse vírus. Então, não sendo necessário, o ministério desenconselha que se viaje para a China até que o quadro todo esteja bem definido", reforçou Mandetta. 

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