“O comitê é ativado constantemente. Existem diferentes níveis. O nível que estamos agora é um nível inicial, de alerta, justamente para organizar o serviço de saúde”, afirmou o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda. A pasta voltou a reafirmar que não existe nenhum caso suspeito confirmado no Brasil.
Para o secretário de Vigilância em Saúde, a “avaliação de risco hoje é baixa porque a transmissão se encontra restrita a familiares e profissionais de saúde”. “Não sabemos até o momento a forma de transmissão do vírus. Por enquanto, o relato que chegou ao Ministério da Saúde é que existe uma transmissão restrita em familiares e profissionais de saúde”, ressaltou o secretário. A pasta informou que acompanha o caso desde 31 de dezembro de 2019.
Brasil descarta cinco casos
O Ministério da Saúde confirmou que recebeu cinco casos que foram tratados como suspeitos do vírus pelas secretarias estaduais, mas os casos foram descartados de acordo com os critérios utilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os casos vieram do Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Até o momento não existe nenhum caso suspeito de coronavírus no Brasil”, ressaltou Croda.
“Nesse momento esses casos estão descartados, mas nada impede que no futuro essa definição de caso suspeito seja atualizada pela OMS”, completou. Ele explicou, que segundo a OMS, para ser um caso suspeito do coronavírus, além de ter apresentado febre e/ou sintomas respiratórios (como tosse e dificuldade para respirar), o paciente precisa ter viajado para Wuhan, na China, ter tido contato próximo com algum caso confirmado ou suspeito do vírus. A cidade de Wuhan é a única área com transmissão local do vírus.
Logo, de acordo com o Ministério da Saúde, nenhum dos cinco casos tem recomendação para testar o coronavírus. “A recomendação do Ministério da Saúde para os gestores de saúde dos estados brasileiros é para que leiam o boletim epidemiológico para saber como enquadrar os casos e saber se são realmente casos suspeitos”, disse Croda.