Pacientes internados com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol depois que beberam a cerveja Belorizontina, da Backer, correm risco de morrer, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas. Eles têm alterações neurológicas como cegueira, perda de movimentos e paralisia facial. Os pacientes estão sendo tratados com etanol, que funciona como antídoto e barra a metabolização do dietilenoglicol.
A maioria dos intoxicados (12) é de Belo Horizonte. E o número de intoxicações pode aumentar, segundo o superintendente de Vigilância e Saúde do Estado, Felipe Laguardia. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte colocou em monitoramento mais 16 pessoas que procuraram a rede de saúde e disseram ter bebido a cerveja Belorizontina.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da prefeitura, Lúcia Paixão, afirmou que, com o início dos casos de intoxicação, foi registrado aumento na procura por unidades de saúde. Não há, porém, dados sobre esse aumento. “O SUS (Sistema Único de Saúde) passou a ser procurado agora, com a divulgação. Muito pelo temor”. Os sintomas iniciais — dores abdominais e vômitos — começam até 72 horas depois da ingestão da substância tóxica.