Além da contaminação em garrafas das cervejas Belorizontina e Capixaba, as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol foram encontradas em mais seis marcas produzidas pela Backer. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também foram constatadas moléculas das substâncias nas cervejas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2. A análise da pasta ainda revelou que já são 21 lotes das bebidas fabricadas pela empresa que contam com a presença de um ou de ambos os componentes químicos.
“O ministério segue atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas”, informou o Mapa, em comunicado oficial. Para o ministério, a contaminação das bebidas aconteceu na fábrica da Backer. Há três hipóteses em investigação: sabotagem, vazamento e uso inadequado das moléculas de monoetilenoglicol no processo de refrigeração do sistema.
O Mapa ainda salientou que “todos os produtos fabricados pela Cervejaria Backer já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização”.
“Ressaltamos que a empresa permanecerá fechada até que se tenha condições seguras de operação e os produtos somente serão liberados para comercialização mediante análise e aprovação do Mapa”, frisou a pasta.
Ontem, a Polícia Civil de Minas cumpriu mandado de busca e apreensão em uma distribuidora Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que fornece o monoetilenoglicol para a Backer. O Conselho Regional de Química de Minas auxilia a polícia e instaurou processo para averiguar se a distribuidora cumpre todas as normas exigidas para funcionar. (AF)