O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encontrou as substâncias tóxicas monoetilenoglicol e dietilenoglicol na água usada na produção da cervejaria Backer, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O resultado aumenta a suspeita de que outros rótulos da empresa, e não somente a Belorizontina, possam estar contaminados. Ainda não há resultado dos exames de outras cervejas.
A inspeção do órgão federal também constatou os agentes químicos em mais de um dos 70 tanques usados na fabricação das cervejas. Inicialmente, a empresa informou que apenas o tanque 10 teria sido lacrado.
“Inicialmente, existia uma hipótese de que essa contaminação estivesse restrita a um lote de produção ou a um tanque. Fizemos uma análise e vimos que não estavam restritos a um ou outro tanque, estavam distribuídos em diversos tanques. Dessa forma, passamos a abordar essa contaminação a uma etapa anterior à fermentação”, disse o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Vitor Müller, durante coletiva de imprensa sobre o caso Backer.
Entre as hipóteses para a contaminação, o Mapa trabalha com sabotagem, vazamento e uso incorreto do monoetilenoglicol diretamente na água, para melhora do desempenho. Mas as autoridades reforçam que isso ainda será investigado.
Confira os lotes das cervejas Backer em que o dietilenoglicol foi encontrado:
Belorizontina L2 1354
Belorizontina L2 1348
Capixaba L2 1348
Belorizontina L2 1197
Belorizontina L2 1604
Belorizontina L2 1455
Belorizontina L2 1464
Três pessoas morreram com sintomais iguais aos provocados pela cerveja. Mais uma foi internada na tarde desta quarta-feira (15/1).