Brasil

Dia de Reis: aprenda a fazer a simpatia da romã em 6 de janeiro

Ritual de comer, jogar fora e guardar sementes em louvor a Gaspar, Belchior e Baltazar é tradição no Brasil e no exterior

Cada um tem seu jeito particular de fazer a simpatia do Dia de Reis. Nesses tempos de crise, não custa nada apostar na sorte. Pelo ritual, a pessoa deve engolir três caroços, jogar o mesmo número para trás e guardar o mesmo tanto na carteira. E ir repetindo a frase: “Gaspar, Belchior e Baltazar, que o dinheiro não venha me faltar”. Há ainda quem dobre a contagem, fazendo com seis sementes, numa referência ao dia 6, quando os Reis Magos visitaram o Menino Jesus. Além do dinheiro, pedidos de amor, saúde, paz e tranquilidade.


O ciclo natalino se encerra hoje, Dia de Reis, com a chegada dos magos Gaspar, Belchior e Baltazar ao presépio onde nasceu o Menino Jesus. A data remete também à tradição da simpatia da romã, que tem a melhor das intenções: garantir dinheiro na carteira o ano inteiro e – por que não? – pedidos de amor, saúde, paz e tranquilidade.

O técnico em mecânica aposentado, Geraldo Palhares, de 78 anos, morador do Centro de Belo Horizonte, mantém há quase seis décadas um costume que considera altamente produtivo. Todo 6 de janeiro, consagrado aos Reis Magos, ele faz a simpatia da romã, poderosa, segundo ele, para atrair dinheiro e não deixar o “dindim” faltar na carteira.

“Aprendi a simpatia no Sul de Minas, quando tinha 20 anos, e nunca deixei de fazer. Garanto que não falta dinheiro”, revelou o aposentado com um sorriso, no Mercado Central de BH. “Andei por aí, vi algumas frutas tão caras que falei com o vendedor: 'Não quero um pé, não, meu senhor, só uma romã.'” Ele acabou comprando na banca Temporona, uma romã vinda do interior mineiro, por R$ 10.

Já na Legumes Rocha, também no Mercado Central, estavam à venda neste domingo (5) romãs importadas da Califórnia (EUA), ao preço de R$ 20 a unidade. “Vieram 30, mas só temos seis agora”, contou a vendedora da banca, na manhã de domingo (5). Há 10 anos residente em BH, o italiano Alberto Picone disse que a simpatia é forte no seu país, em especial na cidade natal, Nápoles. “Conheço muita gente que faz, mas, eu, nunca”, comentou.