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Cerrado: desmate é o menor desde 2000, mas cresceu em áreas de conservação

No total, desmatamento do Cerrado foi 2,26% menor do que em 2018. No entanto, quando se considera apenas as unidades de conservação, derrubada cresceu 15%

[FOTO1]O desmatamento do Cerrado em 2019 foi o menor desde o início da série histórica, em 2000. De acordo com dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento (Prodes) divulgados nesta segunda-feira (16/12) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento do bioma diminuiu 2,26% em relação a 2018.

Ao todo, 6.483 km; foram desmatados no período de agosto de 2018 a julho de 2019. Definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2004, o Cerrado corresponde a 24% do território brasileiro e abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná e São Paulo, além do Distrito Federal.

O Tocantins foi o estado que teve a maior área de vegetação desmatada, com 1.495,69km;. O DF apresentou a menor variação percentual em relação ao ano anterior e desmatou 69,37% menos do que em 2018. Em 2019, 2,51km; foram desmatados na unidade federativa.

Unidades de conservação

Os números, porém, mostram que a quantidade de vegetação nativa suprimida nas unidades de conservação cresceu. De agosto de 2018 a julho de 2019, 517,31km; foram desmatados dentro dessas unidades de preservação do Cerrado. O número representa um aumento de 15% em relação ao mesmo período anterior.
Este ano, dados do desmatamento da Amazônia ganharam atenção. De acordo com as informações divulgadas em novembro, a área desmatada na Amazônia foi de 9.762km; entre agosto de 2018 e julho de 2019. Um aumento de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.