[FOTO1]
A ativista sueca Greta Thunberg afirmou, ontem, que indígenas estão sendo assassinados no Brasil por tentarem proteger as florestas. Ela comentou, por meio de uma rede social, a morte de dois caciques indígenas da etnia Guajajara, que foram vítimas de em um ataque a tiros na BR-226, região do município de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506km de São Luís, no sábado (07).
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. Uma equipe da corporação chegou ao município de Barra do Corda, próxima ao local do ataque.
Greta é um dos principais nomes entre os ativistas mundiais que denunciam as mudanças climáticas que afetam o planeta em razão da degradação da natureza pela humanidade. ;Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso;, escreveu Greta, junto a uma notícia da rede de TV Al Jazeera sobre o atentado no Brasil.
Além das mortes de Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara, outros dois índios ficaram feridos no ataque a tiros e foram socorridos para a Unidade de Pronto-Atendimento de Jenipapo dos Vieiras. Nico Alfredo Guajajara e Nelsi Guajajara estavam junto ao grupo atacado quando uma caminhonete se aproximou e disparou contra os nativos. Nico está internado em estado grave, com lesões no intestino e na bexiga. Não tem previsão de alta. Nelsi se recupera bem e não corre risco de morte.
O caso ganhou repercussão internacional. O jornal britânico The Guardian afirmou que as vítimas foram mortas ;não muito longe de onde um importante membro da tribo que defendia a Floresta Amazônica foi morto no mês passado;. O diário alemão Deutsche Welle publicou que o local é palco frequente de violência contra indígenas.
PM que matou Ágatha vira réu
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia feita pelo Ministério Público contra o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de matar Ágatha Vitória Sales Félix, 8 anos, no Complexo do Alemão (RJ), em setembro deste ano. Dessa forma, ele se tornou réu pelo pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar) por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena para esse crime pode chegar a 30 anos de prisão. Na decisão, a juíza da 1; Criminal do Rio de Janeiro Viviane Ramos de Faria ordenou que Rodrigo seja afastado das ruas e tenha o porte de arma suspenso.