"Todas as teses não só as de segurança estão sendo debatidas aqui que forem objeto de conclusão serão analisadas, sim, pelo governo de São Paulo. Democracia é isso: é saber ouvir, saber permear e saber corrigir também, fazer tudo para acertar", disse Doria. "Em São Paulo, assim como no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, nós não temos compromisso com o erro. O compromisso é com o acerto."
Doria mudou o tom em relação ao caso de Paraisópolis e determinou uma mudança de protocolo da PM nesta sexta-feira, 6. Em discurso para uma plateia de empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), o governador chegou a ficar com a voz embargada ao falar da tragédia e disse que, na próxima segunda-feira, 16, vai receber representantes da comunidade e familiares das vítimas.
"Nesse momento dramático de Paraisópolis, ao invés de uma atitude impositiva, generalista ou de acusação a um ou outro, não vamos nem acusar a comunidade nem acusar a polícia. Buscamos o diálogo", disse Doria na sexta.
Mortes
No último domingo, dia 1;, uma ação da Polícia Militar terminou com a morte de nove jovens pisoteados em um baile funk na comunidade. Na segunda-feira, 2, o governador saiu em defesa da corporação e disse que a letalidade não foi provocada pela PM.
No mesmo dia, uma perseguição em Heliópolis terminou com um suspeito morto e tumulto em um pancadão. Três policiais militares envolvidos na ocorrência foram afastados.