O caso mais grave ocorreu com uma jovem em que o suspeito manteve relação sexual enquanto ela estava inconsciente. O suspeito ainda filmou e divulgou o vídeo do estupro na internet. Nesse caso, a vítima contou à polícia que estava inconsciente, tomando conhecimento do vídeo, e de todo ato, somente na delegacia.
Outras mulheres disseram à polícia que concordaram em serem filmadas, mas com a condição do material ser apagado logo em seguida. Porém, as apurações apontam que o suspeito fingia apagar os vídeo, mas, logo, postava vídeos e fotos.
Além disso, o suspeito colocava os nomes, números de telefone e redes sociais das vítimas em sites pornográficos.
O Chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos, Delegado Guilherme Santos, explicou sobre os resultados. "Ao todo já foram identificadas quatro vítimas e todas se surpreenderam ao saber que suas imagens estavam sendo divulgadas em sites pornográficos", destacou.
Ressalta-se, de acordo com a polícia, que o suspeito mantinha um estilo de vida em defesa ao movimento feminista. Participava e dava apoio a diversos segmentos de minorias, porém suas ações se mostraram bastante contraditórias à ideologia que publicamente defendia.
O suspeito utilizava um perfil nas redes sociais, inclusive tendo sido identificada pela polícia dizeres em um banheiro feminino da Escola de Arquitetura com a divulgação do perfil em questão e um alerta a todas as mulheres.
A titular da 1; Delegacia Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos, Delegada Danielle Aguiar, ressaltou que o suspeito irá responder pelo crime de estupro de vulnerável e pelo crime de divulgação de conteúdo íntimo sem o consentimento da vítima.
"A expectativa é de que outras vítimas possam ser identificadas com a continuação das investigações", concluiu a Delegada.
Durante a operação, além do mandado de prisão temporária, a equipe apreendeu um aparelho celular, um notebook, dois HDs externos e diversas mídias, além de maconha e haxixe.